Descrição das Actividades
TENDACHENT, com MAURIZIO MARTINOTTI
(Itália)
Tendachënt é uma formação italiana nascida na Primavera
de 97, como evolução de um dos grupos fundamentais do folk revivalista
do Norte da Itália, “La Ciapa Rusa”: vinte anos de carreira,
7 discos editados e concertos em França, Bélgica, Inglaterra,
Holanda, Dinamarca, Estados Unidos, Suíça, Canada, Alemanha, Finlândia,
Áustria, Espanha, Portugal,Eslovénia,Croácia...Eis alguns
dos elementos que constituem o grande curriculum de “La Ciapa Rusa”.
Com efeito, Tendachënt é o novo Projecto de Maurizio Martinotti,
fundador e líder da Ciapa. Parte do repertório de Tendachënt
consiste numa releitura de fragmentos da “Ciapa Rusa”, revestidos
de novos e mais progressivos arranjos.
ORQUESTRA ARABO-ANDALUSA DE
TANGER (Marrocos)
Este Projecto artístico, que conta com a participação de
8 importantes músicos dirigidos por Jamal Ouassini, tem as suas raízes
nos elementos comuns que a cultura musical árabo-cristã e judaica
mantiveram para mais de mil anos na Andaluzia, uma região que se tornou
como exemplo único de tolerância e convivência entre as culturas
das três religiões. O momento central do concerto é a música
andaluza, que está muito ligada às escolas de Fes, Meknes, Tetuan
e Tanger, surgidas depois da saída dos árabes da península
ibérica. O espectáculo esta dividido em quadros, utilizando fragmentos
de três “noubes” andaluzas (Iraq Aaj am, Raml El Maya, Gribat
El’Hassin) das romanzas sefarditas de Esti Kenan Ofri e dos temas de música
antiga cristã de Stefano Albarello. O arranjo, cuidado por Jamal Ouassini,
deixa momentos livre em que se permite aos cantores de evidenciar o encontro
entre as três culturas e a sua raiz comum.
L’HAM DE FOC (Espanha)
L’Ham de Foc representa um grupo único no panorama do Novo Folk
de Espanha: sons do Mediterrâneo com influências do Oriente e da
música antiga, realizados com mais de 30 instrumentos acústicos
de toda a área do Mediterrâneo, que adquirem um novo sentido no
concerto deste genial grupo valenciano. A mágica voz de Mara Aranda e
os arranjos de Efrén Lopez criam um ambiente especial, intenso e mágico.
ESTRELA COM NOME DE GENTE (Portugal)
Este CD nasceu do cruzamento de duas vontades e de um prazer comum. Há
fenómenos assim, incontornáveis: Filipa Pais (canto), José
Peixoto (composição musical) e João Monge (letras). Três
personalidades firmadas da música portuguesa que se juntaram para escreverem
CD, onde é visível o casamento perfeito das palavras com a música
e o canto de Filipa Pais.
O CD de apresentação deste projecto é lançado dia
6 de Setembro 2004, sendo o concerto da Planície Mediterrânica
o primeiro grande momento de prova ao vivo, para esta nova proposta nacional.
O universo é o da música popular. A raiz mediterrânica.
A expressão é universal. As soluções encontradas
tiveram como único limite a optimização de cada canção.
A escolha dos músicos revelou-se acertada e gratificante, a Filipa Pais
e José Peixoto juntou-se Mário Delgado nas guitarras, Yuri Daniel
no contrabaixo e Quine na percussão.
“Uxu Kalhus”
Uxu kalhus surgiram ligados aos bailes de danças tradicionais, movimento
que nasceu em força em Portugal há pouco mais de cinco anos. Neste
tipo de espectáculos, o público é convidado a dançar
ao som de música de raiz tradicional portuguesa e europeia tocada ao
vivo – permitindo o desenvolvimento de danças de roda, cujos passos
e movimentos são ensinados no decorrer dos espectáculos.
Uxu kalhus são, acima de tudo, um projecto arrojado e divertido, capaz
de apanhar de surpresa os mais distraídos, com incursões variadas
pelas músicas populares europeias, imprimindo-lhes muitas cores e feitios,
retractando uma espécie de cancioneiro inconformado, em que as sonoridades
de raiz tradicional se recriam e entrecruzam nos timbres e ritmos exóticos
das percussões, ou no pedal de distorção da guitarra eléctrica…
Este grupo acaba por desenvolver-se na pesquisa de música tradicional
europeia e portuguesa, procurando dar-lhe os tons de festa e folia, que era
habitual encontrar nos bailes e festas de outros tempos, vistos agora com alguma
ousadia e modernidade.
O grupo tem participado em diversos eventos relacionados com as Danças
Tradicionais Europeias (Andanças, Entrudanças e outros encontros),
tendo também participado no festival de Gennetines, em França,
na sua edição de 2000.
“Pula-lhe-o-pé”
O grupo Pula-lhe-o-pé formou-se em Maio de 2003 a partir de um convite
para realizar aulas e bailes num festival em Itália no mês de Junho
de 2003.
O objectivo do grupo é o de divulgar as danças e a música
tradicional da Galiza e Portugal através de oficinas de dança
e bailes com música ao vivo orientados para que as pessoas presentes
possam realizar as danças propostas.
O repertório é constituído por músicas e danças
da Galiza como são as muiñeiras e xotas, marchas, polcas, valsas
e xogos todo ele recolhido em diversos trabalhos de campo realizados por Montse
Rivera.
As danças portuguesas interpretadas são o Regadinho (dança
do Minho), Erva-cidreira do Ribatejo entre outras de Trás-os-Montes e
Beiras.
Todas as pessoas do grupo têm experiência nesta na área da
dança e música tradicional, fazendo parte, por sua vez, de outras
formações musicais.
Entre os espectáculos que foram realizados encontram-se o Festival de
danças internacionais Andanças 2003 e a feira gastronómica
de Setúbal.
Workshop de Cante Alentejano:
Esta actividade será dinamizada por um grupo coral do concelho de Castro
Verde e a exemplo do ano anterior deverá ter lugar numa taberna, já
que se trata de um espaço onde o cante sempre teve a sua casa. Efectivamente,
é na taberna que ainda hoje se podem ouvir os homens a cantar de forma
espontânea, genuína. O objectivo é que o grupo organizador
seleccione algumas modas do seu repertório e faculte as letras a todos
os que queiram participar nesta oficina de Cante Alentejano, procurando ensinar
as melodias e outros aspectos relacionados com a forma do cante coral.
Paralelamente ao objectivo claro desta iniciativa que é o de divulgar
o cante alentejano, há também a intenção de mostrar
a outros públicos um espaço que sempre teve muita importância
na nossa região, mas que tem vindo a perder as suas características
mais tradicionais e que tende até a desaparecer, a taberna.
“O Céu da Estepe Mediterrânica"
A calma, o silêncio e o céu da estepe cerealífera de Castro
Verde. Noite destinada à observação astronómica,
orientada pelo Professor Máximo Ferreira, sessões de planetário,
e uma caminhada nocturna onde se poderá ouvir o murmúrio da planície,
com especial destaque para a audição de aves de rapina nocturnas.
A iniciativa decorrerá no Centro de educação Ambiental
do Vale Gonçalinho, propriedade da Liga para a Protecção
da Natureza, e tem como especial objectivo chamar a atenção para
a mais valia que é o nosso céu, com baixo índice de poluição
luminosa.
Workshop de Viola Campaniça:
A Viola Campaniça, instrumento construído artesanalmente, é
uma das referências musicais no campo da tradição do Baixo
Alentejo. Durante muito tempo esquecida, esta viola acompanhou as modas de despique
e baldão que se cantavam sobretudo em momentos de festa, como a Feira
de Castro e os arraiais populares. Actualmente poucos são os tocadores
deste instrumento, agora com alguma projecção. Assim, este Workshop,
conduzido pelos tocadores Pedro Mestre e Manuel Bento, visa transmitir alguns
conhecimentos sobre as características da viola, do repertório
musical existente e das técnicas de construção. Uma actividade
que surge na sequência do novo fôlego que se procura dar à
Viola Campaniça, graças ao trabalho de algumas associações.
Polifonias
Alentejanas
O concelho de Castro Verde, em pleno coração do Campo Branco,
desde sempre se afirmou como o espaço importante no universo das polifonias
alentejanas, dinamizando uma tradição que é a sua: um cante
que já foi de trabalho, que agora é mais de lazer e convívio,
mas sobretudo, e sempre, de afirmação cultural. No concelho existem
actualmente oito corais, onde encontramos homens, mulheres e crianças
que continuam a cantar polifonias de tradição mediterrânica,
alguns deles com provas mais que dadas, participando em projectos de nomes como
Janita Salomé ou Dulce Pontes.
Nos dias da Planície Mediterrânica participam os nossos corais,
As Camponesas, Os Ganhões de Castro Verde, As Antigas Mondadeiras e as
Vozes de Casével, os Cardadores da Sete, As Papoilas do Corvo e as Atabuas
de S. Marcos.
Bailes Tradicionais
A actividade consiste em dinamizar algumas danças características
de diversas regiões. No caso do Alentejo, há a destacar as danças
de roda que tinham lugar nas festas de Verão, à volta do mastro,
e que tantas vez foram feitas ao som das vozes que entoavam velhas modas do
cante alentejano. Neste caso, será objectivo recorrer ao contributo de
um grupo coral que tenha no seu repertório algumas destas modas. Para
dar suporte a outras danças serão convidados alguns grupos de
música de tradição. Assim, num espaço a designar,
actuarão os “Uxu Kalhus” e os “Pula-lhe o Pé”.
Aulas de Dança Tradicional
A dança, tal como outras formas de arte, faz parte do património
cultural dum país e cada uma, dependendo do contexto geográfico
e sociocultural, tem as suas características próprias que as distinguem
umas das outras. Devido ao seu valor, muitos têm sido os estudiosos que
se debruçam sobre a pesquisa e recolha de dados que permitem conhecer
os seus simbolismos.
À semelhança do ano anterior, a iniciativa será conduzida
por monitores com formação que abordarão as danças
tradicionais num contexto contemporâneo, procurando transmitir técnicas
e ao mesmo tempo aspectos mais gerais de cada dança. Aqui, a iniciativa
não se limita ao Mediterrâneo, levando-nos a fazer uma viagem pelas
danças de tradição europeia.
Animação de Fim
de Tarde
Na Planície Mediterrânica há um espaço dedicado à
gastronomia de tradição onde serão servidos os melhores
sabores desta cultura. Estes encontros e convívios à volta da
mesa, nos quais se pretende evidenciar a importância que a gastronomia
assume no quotidiano das gentes da planície alentejana, serão
animados com a participação de Grupos Corais Alentejanos, Tocadores
de Viola Campaniça, Tocadores de Concertina, etc.
Espaço de Gastronomia
Esta ideia consiste em criar um espaço de Gastronomia Mediterrânica
onde serão confeccionados alguns pratos da cozinha alentejana e onde
não faltarão também os sabores da cozinha Marroquina, praticando
assim, uma dieta alimentar que tem por base ingredientes tão importantes
na nossa região como é o caso do azeite e do pão.
Neste restaurante improvisado, serão dinamizadas algumas actividades
em torno do cante alentejano e de outras formas de expressão artística
tradicionais.